Mais uma vez, lanço mão de um vídeo do Arnaldo Jabor para iniciarmos mais uma discussão sobre um velho assunto: Política, Corrupção e Reforma Política.
A parte que mais me chama a atenção no discurso do Jabor é quando ele diz que os políticos praticamente formam uma “sociedade fora da sociedade”, que é exatamente o âmago da proposta de discussão de nosso sítio Coisa Pública.
Ora, o simples (que de simples não tem nada) fato de estes “representantes do povo” formarem uma sociedade “nada secreta”, totalmente fora da nossa sociedade, não é exatamente o que nos autorizaria a cassá-los? Afinal, algum dos signatários dos Contratos Sociais concordou, em qualquer momento da história, em que, ao eleger um representante, este estaria autorizado a agir em nome próprio, em seu próprio benefício e apenas em seu interesse pessoal? Óbvio que não!
Como já dito aqui anteriormente, não escolhemos a Democracia para elegermos políticos que governariam como se fossem Monarcas! Não são! Então porque a sociedade não reage? Porque continuamos diariamente sendo vilipendiados justamente por quem deveria nos representar e defender nossos interesses, e mesmo assim achamos que eles são “autoridades”, e que nada podemos fazer?
A sociedade em geral trata e aceita estes seres abjetos e todas as suas ações com o único objetivo de locupletarem-se através de negócios excusos, apesar de nada escondidos, porque acredita que são revestidos de algum tipo de poder ou graça divina?
Não, senhores. Por mais “lugar comum” que seja a frase, não existe verdade maior que nela: O poder emana do povo, e deve ser exercido para o povo e pelo povo! O poder e autoridade que a classe política tem é na justa proporção em que representa os interesses de quem a elegeu: O povo! A partir do momento em que não defende mais estes interesses difusos e coletivos, não mais detém o poder! Portanto, manter o poder quando não mais possui prerrogativa para seu exercício é usurpação e despotismo. Sua eleição pode ter sido de forma legítima, mas seu exercício não!
Até quando teremos este comportamento plebeu submisso? Reagir dá trabalho? A opção de mantermo-nos confortavelmente calados não é ainda mais amarga e dolorosa? Ou enquanto houver uma caneca de arroz no armário para ser cozido e dividido com nossos entes queridos, está tudo bem?
Temos que reagir enquanto sociedade. Temos que exigir a contrapartida do nosso direito natural à liberdade, que entregamos espontaneamente ou nos é tirada coercitivamente: Paz, Segurança, Bem Estar! E tudo o que nos é devido Constitucionalmente, e negado de forma contumaz!
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